O desafio da retenção de talentos

8/02/2017 | Gestão de Gente |

O mundo hoje em dia percorre um curso muito diferente daquele que nossos pais e avós trilharam. Há 50, 60 anos o modelo de vida nas cidades se mantinha o mesmo e, assim, as gerações se sucediam de forma linear. Se estudava, se formava, lutava-se para conseguir um bom emprego em uma boa empresa com um bom salário (essa era a expectativa), buscava-se fazer carreira e lá permanecer até o período da aposentadoria.

Esse modelo já não vigora mais, e em tempos de globalização e de um espectro tão amplo de profissões e oportunidades, bem como de  imensa carga de informação, em tempo real, os profissionais das organizações possuem outras expectativas, outros planos e outros padrões. Essa síndrome do pensamento, do resultado e das expectativas aceleradas levou as empresas a buscar medidas de pensamento Lean (fazer mais com menos), mas nem sempre da melhor forma, ou seja, nem sempre a mais eficaz, considerando o binômio custo X benefício mas, sim, o resultado a qualquer preço, iniciando assim o processo pela redução do quadro de pessoas, ou seja, o corte do capital intelectual. Na outra ponta, os associados receberam “essa mensagem” como ausência da necessidade de lealdade para com essas mesmas empresas. O resultado disso é que temos o famigerado trocar “6 por meia dúzia”, saltando de um emprego para outro em busca daquela empresa que no momento, melhor nos paga.

melhor-paga

Missão, Visão, Valores ficaram apenas enquadrados nas paredes das empresas e completamente desconectados do propósito de existência de seus produtos e serviços. Triste cenário este acima. Ao invés de associados, surge uma geração de nômades executivos. Triste para o mercado, para as empresas e para as pessoas que trilham um caminho de estudo, esforços e especialização para depois “se venderem” pelo melhor preço ou maior benefício?! É a isto que se chama ética empresarial? Qualidade de vida?

As premissas para que se possa oferecer e ter um bom ambiente de trabalho, um quadro de pessoal ético, leal e que trabalha com paixão não se constituem em nenhuma novidade ou descoberta. Elas já são amplamente conhecidas pelo mercado de trabalho, a saber:

  • pagar salário justo
  • valorizar e reconhecer os associados
  • ouvir os associados e não apenas escutá-los
  • oferecer oportunidades de desenvolvimento e crescimento, seja em carreira vertical ou horizontal
  • oferecer oportunidades desafiadoras e interessantes

Você como empresario e você como associado, qual a visão que possui acerca desse tema?

Pense à respeito e me conte nos comentários!


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