Quando se solicita a alguém ou a um grupo de pessoas elencar características para uma determinada posição executiva as pessoas facilmente vão elegendo diversas delas.

Assim é quando, por exemplo, se pede aos associados para listarem as características do líder e logo vemos uma imensa lista que faria do líder um ser não humano, mas um super-herói. Havemos de convir que não podemos conter todas as qualidades que entendemos serem requisitos para uma posição, uma vez que não somos seres perfeitos. Devemos, sim, estar sempre em busca da denominada melhoria contínua, mas esse é um processo linear e gradual de desenvolvimento, e de amadurecimento que ao longo do tempo resulta no que chamamos de sabedoria de vida.

Saindo um pouco da posição de líder e partindo para abranger mais pessoas, por assim dizer, uma equipe. Também, aqui, se pode elencar diversas características de uma equipe, de um time, pois entende-se que cada elemento da equipe agrega um elemento ou um conjunto de elementos (talentos), com os quais se atribui valor ao trabalho da equipe. Dessa forma, se nos distanciarmos um pouco para analisarmos de uma forma crítica este cenário que estamos colocando, pode-se observar um associado diferente do outro; uns com características mais ou menos similares e outros com características bem distintas. Entretanto, para que esse cadinho de talentos, personalidades e perfis possa funcionar, uma característica é essencial para a criação, desenvolvimento, manutenção e duração de uma equipe singular que ao meu ver, é a questão da Unidade.

Tomando como exemplo um time de vôlei ou de futebol: tratam-se de modalidades esportivas que não se caracterizam por jogo de estrelas mas, sim, da somatória dos talentos de cada jogador em sua respectiva posição. Trata-se de um jogo de equipe e, portanto, é a junção dos talentos de cada jogador que assegura uma performance correta e com bom desempenho. Transportando este exemplo para as organizações, a métrica é a mesma e o desafio do líder é o mesmo do coach no esporte: aproveitar o melhor de cada um para construir uma equipe que contribui para um mesmo objetivo e fim, devidamente alinhados com o comprometimento de todos face à missão, visão e valores da organização que se constituem na espinha dorsal do arquétipo da organização. Aqui cada um deve estar, não somente para somar, mas também, para multiplicar. Subtrair ou dividir é o flanco aberto, caminho para o insucesso.

O fator chave de sucesso nesta questão é a diversidade e heterogeneidade administrada pelo líder para se chegar ao melhor produto ou melhor serviço que se propõe criar/produzir. Não se pode incorrer no erro de pensar que a unidade de uma equipe seja a homogeneização, pois aqui corre-se o risco de cair na pasteurização e aí aniquila-se os talentos individuais. Não é este o caminho, e este é um fator essencial inerente ao líder: saber administrar o diverso para chegar-se a um único termo.

Que se tenha em mente que a falta de unidade desconstrói qualquer equipe e que a unidade entre seus membros produz resultados que a levam a alta performance tão requerida pelas organizações da atualidade.

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