Resiliência… Fala-se tanto nesse termo atualmente. O que ela de fato significa, de onde vem, o que Fernando Pretel Pereira Job, que a estudou, fala sobre ela? Vamos lá!
A palavra tem origem no latim “resilio”, que significa voltar ao estado natural. O conceito de resiliência para as ciências humanas é: “a capacidade de um indivíduo em possuir uma conduta sã num ambiente insano, ou seja, a capacidade do indivíduo sobrepor-se e construir-se positivamente frente às adversidades”.
A ciência psicologia tomou essa imagem emprestada da ciência física, definindo resiliência como a capacidade do indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse, etc – sem contudo adentrar na esfera do surto psicológico.
Job, em 2003, a estudou em organizações e nos diz que: “a resiliência se trata de uma tomada de decisão quando alguém se depara com um contexto de tomada de decisão entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer”.
Tais conquistas, face à essas decisões, propiciam forças para enfrentar a adversidade. Assim compreendido, acredito que a resiliência é a combinação de fatores que propiciam ao ser humano, condições para enfrentar e superar problemas e adversidades.
A beleza e a motivação da resiliência está em podermos escolher como perceber, agir ou reagir e responder às situações adversas. O conceito vem da Física e é aplicado ao comportamento humano permitindo mudanças nas atitudes e na qualidade de vida das pessoas diante do caos do dia a dia de cobranças, prazos, pressões, tensão extrema e estresse acumulado.
Carmello, em seu livro Supere – A arte de lidar com as adversidades, define o termo como “a capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido uma pressão”. Para o autor, as pessoas não podem saber se vão ou não ficar com raiva quando algo inesperado acontecer em suas vidas, mas podem sim definir quanto tempo vão querer ficar alimentando esse sentimento, assim como fazer para canalizar essa emoção com uma ação construtiva.
Fatores:
Administração das Emoções
Refere-se à habilidade de se manter sereno diante de situação de estresse. Ressalta-se que pessoas resilientes quanto a esse fator são capazes de utilizar as pistas que veem nas outras pessoas para reorientar o comportamento, promovendo a autorregulação. Segundo o autor, quando esta habilidade é rudimentar as pessoas encontram dificuldades em cultivar vínculos, e, com freqüência desgastam no âmbito emocional aqueles que convivem em família ou no trabalho.
Controle dos Impulsos
O segundo fator é o Controle de Impulsos, que se refere à capacidade de regular a intensidade de seus impulsos no sistema muscular (nervos e músculos). É a aprendizagem de não se levar impulsivamente para a experiência de uma emoção. O autor explicita que as pessoas podem exercem um controle frouxo ou rígido do seu sistema muscular, sendo que esses sistemas estão vinculados à regulação da intensidade das emoções. Dessa forma, a pessoa poderá viver uma emoção de forma exacerbada ou inibida. O controle do impulso garante a auto regulação dessas emoções, ou a possibilidade de dar a devida força à vivência de emoções.
Otimismo
O terceiro fator é Otimismo. Nesse fator ocorre na resiliência a crença de que as coisas podem mudar para melhor. Há um investimento contínuo de esperança e, por isso mesmo, a convicção da capacidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão esteja fora das mãos.
Análise do Ambiente
Um outro fator é a Análise do Ambiente. Trata-se da capacidade de identificar precisamente as causas dos problemas e das adversidades presentes no ambiente. Essa possibilidade habilita a pessoa a se colocar em um lugar mais seguro, ao invés de se posicionar em situação de risco.
Empatia
A Empatia é o quinto fator que constitui a Resiliência, significando a capacidade que o ser humano tem de compreender os estados psicológicos dos outros (emoções e sentimentos).
Auto Eficácia
Auto Eficácia, é o sexto fator que se refere à convicção de ser eficaz nas ações propostas.
Alcance de Pessoas
O sétimo e último fator constituinte da Resiliência é Alcançar Pessoas. É a capacidade que a pessoa tem de se vincular a outras pessoas para viabilizar soluções para intepéries da vida, sem receios e medo do fracasso.
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