O caso do jovem sonhador

1/09/2017 | Autoconhecimento | , ,

Há algum tempo a gerente do banco com o qual trabalho me contou uma história ou ocorrência, não sei qual o melhor termo para o caso. Tratava-se de um jovem na faixa de vinte e poucos anos que queria solicitar um empréstimo. Ainda que bem jovem, a gerente fez a ele as mesmas perguntas que faz a todos que a procuram para um empréstimo: Qual o negócio? Qual o valor você dispõe? Quanto pretende emprestar/financiar?

Pela experiência que essa gerente detém com anos atuando em instituições financeiras não se esqueceu de que as aparências enganam e que não se pode menosprezar ninguém seja por aparência ou idade.

O jovem respondeu que, como ela poderia notar, era bem jovem e não dispunha de qualquer dinheiro para adquirir uma marca exponencial do mercado digital, mas cria que algo ao redor de US$500MM fosse o suficiente, e esperava que o banco lhe emprestasse o valor total.

A gerente se assustou com a resposta e concluiu que o jovem tinha um sonho e não um plano de negócio. Ele assustou-se de igual forma por sentir-se fortemente frustrado por ter sido inquirido dessa maneira.

Evidentemente que o empréstimo solicitado foi negado. O jovem possuía um desejo mas nenhum conhecimento sobre negócios, mercado, regras de investimento, fonte de recursos ou qualquer outro quesito concreto que seria necessário para que ele pudesse realizar seu sonho.

Com esse relato na cabeça, trasladei-o para o universo empresarial onde encontramos muitas pessoas que lembram o jovem citado pela gerente do banco. São pessoas com sonhos, desejos para realizar algo de grande porte mas sem a noção do caminho e recursos que se fazem necessários para a realização desses sonhos.

Caso você leitor, seja um idealizador, um sonhador de grandes projetos, tenha em mente que os desejos podem gerar bons resultados sem dúvida mas desde que se tenha conhecimento suficiente para alcançar o objetivo com a devida prudência, expertise de causa e um plano embasado em premissas fortes, reais, consequentes.

Todos temos o direito e temos que sonhar, mas que tenhamos sempre a sabedoria de o levarmos adiante com os pés no chão!


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