A sociedade norte americana, tida como exemplo da sociedade de alto consumo, apresentou segundo pesquisas realizadas, números de arregalar os olhos, no que tange à sofisticação de bens de consumo, que segundo as pessoas suprem os anseios de bem-estar e felicidade e que significam progresso pessoal. Estes números chegaram a US$25 bi, por exemplo, no segmento de conforto em salas de banho, o que significou 10 vezes mais do que o Governo investiu em estudos sobre AIDS na década passada.
Estudiosos dessa matéria dizem que os norte americanos são mais ricos, saudáveis e se sentem mais seguros que há 5 séculos passados, mas por outro lado, o número de pessoas que se sente mais feliz aumentou em 20% no início da segunda metade do século passado enquanto as taxas de depressão é de 10 vezes mais que o registrado meio século atrás.
Com esse cenário como pano de fundo nos perguntamos:
- O que está errado com essa geração?
- Por que as pessoas com acesso a tanto se sentem tão infelizes?
Antropólogos, sociólogos, psicólogos, religiosos concluíram que as pessoas se sentem tão mal e infelizes porque possuem um conceito distorcido de felicidade. Moreland diz:
“Descrevemos felicidade como um sentimento de prazer alcançado pela satisfação de desejos físicos e emocionais. A conclusão implícita nesta definição é de que a vida pertence a essas pessoas e a elas cabe o poder de maximizar o conforto e minimizar o sofrimento. A vida real não acontece naturalmente. Ela não é intuitiva mas sim é algo que temos que aprender. Por isso, o caminho para uma vida autêntica, não consiste no que conseguimos mas sim no que oferecemos.”
O sentimento de felicidade pode resultar em uma vida bem vivida mas jamais deve ser este o objetivo final. A real felicidade está em se aprender a viver uma vida bem vivida, de caráter, manifestada pela sabedoria, entre outros e não em uma vida gasta em processos de auto gratificações.
Como você encara esta questão?
cara amiga
O conceito de felicidade na minha opinião está ligado ao conjunto de valores e crenças de cada indivíduo. Isto faz com que pessoas sem nada sintam-se felizes, e muito com quase tudo infelizes. A posse de bens normalmente dá muito prazer no começo.
Estimado incentivador de minha trajetória profissional há quase 30 anos, tua participação e expressão de opiniões com base em seus saberes e experiências de vida sempre me são um privilégio. Participe sempre que puder e o desejar.
Caro amigo e mestre, muito interessante tua intervenção. Adoro te ouvir, te #ler#.
Concordo plenamente, quando se é dito, que a felicidade é vivermos uma vida bem vivida. Particularmente, acho que temos de ter certo conforto em nossas casas, mas depois de adquirido, devemos buscar outras experiências que nos trazem felicidade: receber familiares, viajar, estudar, buscar realizar projetos pelos quais irão acrescentar algo em nossas vidas e que deixam um registro, uma lembrança boa que nos traz felicidade.
Cara Silvana, agradeço teu comentário e de fato você correta. Uma vida bem vivida não está paralelamente ligado à questão do quantitativo e sim do qualitativo. Trata-se da escolhas que fazemos em nossas vidas. Participe! sempre bem vinda!
Luiza,
Vivemos uma ditadura da felicidade? Felicidade é o estado permanente de satisfação de todas as nossas necessidades? As mídias sociais idealizam um mundo aparentemente feliz? Como disse o amigo Bernt, o alinhamento de valores com a realidade vivida fará a pessoa mais ou menos feliz.
Estimado Gava, pessoas como você e outros leitores que vem me acompanhando e pautando com suas opiniões me são sempre a fonte de saber que desejo estar sempre agregando às minhas reflexões. Muito obrigada por dedicar tempo aos nossos conteúdos.