Roy Pollock através do pensamento denominado 6D’s (seis disciplinas) demonstra às organizações que iniciativas bem pensadas e fundamentadas em treinamento e desenvolvimento de pessoas não se trata de despesa mas de investimento em capital humano, ou seja, investimento em campo de valor agregado.
É fato que um mesmo programa de desenvolvimento gera diferentes resultados, não por sua metodologia ou abrangência, mas sim porque cada pessoa é um indivíduo que ouve, assimila, apreende, investiga e compartilha em diferentes níveis e diversas formas. O espectro é amplo, indo desde aquele que só compareceu fisicamente até aquele que obteve aproveitamento pleno.
E é aí que reside a aplicação do princípio dos 6Ds de Pollock, que são assim decodificados:
D1 – Determinar os resultados para o negócio
D2 – Desenhar uma experiência completa
D3 – Direcionar a aplicação
D4 – Definir a transferência do aprendizado
D5 – Dar apoio à performance
NB – D4 e D5 devem atuar juntos
D6 – Documentar os resultados
Realizando um breakdown dos “Dês” mencionados – que nada mais são que o step by step de um projeto para pessoas, associados da organização, ou seja, de GENTE que trabalha com você – temos:
D1 – Determinar os Resultados para o Negócio
Descrever o programa antes de dar início ao chamamento do mesmo. Definir resultados em termos de relevância para o negócio, explicitando os benefícios. Considerar que esse chamamento as traga a assumir a responsabilidade pela continuidade fazendo parte do cotidiano. É necessário traduzir os objetivos em resultados para o negócio, produto, organização, ou seja:
- Que necessidades do negócio, produto, organização podem ser atendidas?
- O que as pessoas que recebem o treinamento passarão a realizar de melhor?
- Qual o(s) agente(s) que podem atestar esse upgrade de performance?
- Que critérios específicos de sucesso serão utilizados?
D2 – Desenhar a Experiência Completa (Design)
Todos os envolvidos no projeto precisam ter e em mente que o real trabalho inicia quando a capacitação for concluída, uma vez que está se falando de transferência de conhecimento e prática.
Este D se compõe de 4 fases, sendo:
- Preparação: material disponibilizado previamente
- Ensino: presencial, virtual, a distancia (EAD)
- Compartilhamento e Transferência de conhecimento
- Conclusão: Avaliação do realizado, planejamento visando desenvolvimento contínuo, temporiedade do fechamento do ciclo, obtenção de sentimento de realização
D3 – Direcionamento para a Aplicação (DFA – Deliver For Application)
Trata-se da forma como o treinamento foi realizado pelo docente, aplicador, treinador. De escolher a metodologia mais adequada para aquela organização. Preocupação com o COMO transferir conhecimento e aprendizagem.
D4 – Definir a Transferência do Aprendizado (Driver)
Apoiar a performance. Recorda-se que acima, registramos nota que o D4 e o D5 devem atuar de forma conjunta?
O treinamento, a capacitação deve sempre oferecer e objetivar a melhoria da performance e, portanto, obter o maior grau de retenção e aprendizado. Isto é, assumir a aplicação do treinamento como um processo onde o resultado é a obtenção máxima do aprendizado.
Atentar para o clima pós treinamento, capacitação para medição de indicadores de motivação.
D5 – Dar Apoio á Performance (DPS – Deploy Performance Support)
O envolvimento dos respectivos gestores é essencial para que possa acompanhar os “treinados” a fim de que os resultados possam se traduzir em cases de sucesso.
D6 – Documentar os Resultados (DR – Document Results)
A área que autoriza a efetivação do programa de treinamento e seu respectivo pagamento sempre tem em mente a questão: “Se gasto, quero saber qual o beneficio que a empresa obteve com este treinamento.”
Conhecia já os 6Ds? Gostou deles? Quer saber mais um pouco sobre cada um? Voltaremos a este tema comentando um pouco mais sobre cada um deles, de forma prática. Não esqueça de deixar seus comentários. Até lá!
Encontramos muitos gestores de RH disparando convites para “preencher” vagas e não para formar o time com “foco em resultados”.
Se você não tem $ e tempo para fazer o certo por que acha viável gastar teu $ e tempo para fazer errado?
Cara Luciana, bom tê-la comigo neste espaço sempre aberto a comentários e contribuições.
De fato teu comentário, bem pertinente ainda mais em tempos difíceis como os atuais. Gestores de RH que se prezam e se consideram como reais gestores de GENTE não pensa em quantidade/volume pensando apenas do seu pp lado, ou seja, no FEE que receberão per capita em caso de contratação mas não levando em conta a premissa correta de que: é preciso no exercício da função o gestor de RH DEVE fazer casar o perfil do candidato com o perfil da empresa. É de responsabilidade desse mesmo gestor focar no resultado da contratação individual e na contribuição ao resultado de diversas naturezas com a formação de times/equipes de valor, onde a Qualidade dos perfis se constitui em valor agregado.
abs.