O mundo hoje em dia percorre um curso muito diferente daquele que nossos pais e avós trilharam. Há 50, 60 anos o modelo de vida nas cidades se mantinha o mesmo e, assim, as gerações se sucediam de forma linear. Se estudava, se formava, lutava-se para conseguir um bom emprego em uma boa empresa com um bom salário (essa era a expectativa), buscava-se fazer carreira e lá permanecer até o período da aposentadoria.
Esse modelo já não vigora mais, e em tempos de globalização e de um espectro tão amplo de profissões e oportunidades, bem como de imensa carga de informação, em tempo real, os profissionais das organizações possuem outras expectativas, outros planos e outros padrões. Essa síndrome do pensamento, do resultado e das expectativas aceleradas levou as empresas a buscar medidas de pensamento Lean (fazer mais com menos), mas nem sempre da melhor forma, ou seja, nem sempre a mais eficaz, considerando o binômio custo X benefício mas, sim, o resultado a qualquer preço, iniciando assim o processo pela redução do quadro de pessoas, ou seja, o corte do capital intelectual. Na outra ponta, os associados receberam “essa mensagem” como ausência da necessidade de lealdade para com essas mesmas empresas. O resultado disso é que temos o famigerado trocar “6 por meia dúzia”, saltando de um emprego para outro em busca daquela empresa que no momento, melhor nos paga.
Missão, Visão, Valores ficaram apenas enquadrados nas paredes das empresas e completamente desconectados do propósito de existência de seus produtos e serviços. Triste cenário este acima. Ao invés de associados, surge uma geração de nômades executivos. Triste para o mercado, para as empresas e para as pessoas que trilham um caminho de estudo, esforços e especialização para depois “se venderem” pelo melhor preço ou maior benefício?! É a isto que se chama ética empresarial? Qualidade de vida?
As premissas para que se possa oferecer e ter um bom ambiente de trabalho, um quadro de pessoal ético, leal e que trabalha com paixão não se constituem em nenhuma novidade ou descoberta. Elas já são amplamente conhecidas pelo mercado de trabalho, a saber:
- pagar salário justo
- valorizar e reconhecer os associados
- ouvir os associados e não apenas escutá-los
- oferecer oportunidades de desenvolvimento e crescimento, seja em carreira vertical ou horizontal
- oferecer oportunidades desafiadoras e interessantes
Você como empresario e você como associado, qual a visão que possui acerca desse tema?
Pense à respeito e me conte nos comentários!
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