Interessante que neste novo modo de nos relacionarmos – o virtual – apreciamos sempre postar as coisas boas, as conquistas, vitórias, nosso sentimento de felicidade e realização. Não tendemos a falar sobre nossos problemas e desacertos. Mas, no nosso cotidiano anterior a internet não era diferente, porque essa é uma tendência natural do ser humano, não é mesmo?
Só que para o universo lean, o que há de mais relevante e instigador na busca de diagnóstico para avaliarmos qual a melhor ferramenta a ser aplicada em nossos processos dentro das organizações reside justamente na questão de deixarmos aflorar e compartilhar nossos problemas. São eles que irão nos ajudar a expor o “AS IS” para podermos ir para um “TO BE” de forma efetiva, racional, clara e contextualizada, objetivando sempre a busca por prazos maiores ainda que passem por ações de curto e médio prazos de resolução dos problemas que vivenciamos.
Com o acima descrito não deveria ser difícil implementar as ferramentas lean e portanto, não deveria haver tanta resistência, como regularmente encontramos.
Isso se deve ao fato de que as pessoas pensam que não ter problema é o bom da questão, quando na verdade a própria Toyota já nos ensinou o contrário, o problema é não ter problema. Não se deve levar para a significação negativa mas sim para a positiva, ou seja, a da oportunidade de resolver e de fazer melhor.
Vamos listar abaixo algumas das razões presentes em muitas situações para tentar explicar porque parece tão difícil expor problemas:
- Empresas com pouca estabilidade normalmente geram sobrecarga de trabalho e, portanto, se mascara de forma ruim a transparência necessária para solucionar com clareza e objetividade um determinado problema.
- Não há planos estabelecidos – a inexistência de um breakdown dos planos macros e de um detalhamento didático em consonância com a linha do tempo para a realização das operações é fator crucial.
- Medo das pessoas serem identificadas com o problema – o medo é o pior inimigo da oportunidade. É preciso ter bom senso e perspicácia para tratar o problema desvinculando a pessoa, ainda que a maior parte das dificuldades estejam nas pessoas e não nos processos, como ponto de partida.
Como podemos enfrentar esses 3 fantasmas?
- Definir claramente os planos através da obtenção de consenso e comprometimento para que se possa garantir a sua devida execução.
- Gerenciar visualmente através das ferramentas lean como o simples A3 que auxiliam na eficácia de um gerenciamento de fácil acesso aos pontos, gargalos, responsabilidade, tempos para resolução dos problemas.
- Definir regras de acompanhamento: Identificação das causas reais, criação de indicadores confiáveis que permitam a transparência para que o problema seja rapidamente identificado e tratado.
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