Diferenças entre gestão lean e tradicional

6/12/2017 | Gestão de Negócios | , , ,

Falamos com tanto entusiasmo da gestão lean, no entanto este entusiasmo este calcado na experiência real de cases de sucesso. No que, então, difere essa forma de gestão da moderna tradicional ainda vigente em muitas organizações?

Nesta tarefa de mudança, as organizações se perguntam:

  • Quantos e quais níveis devem/precisam ser definidos?
  • Quantos e quais cargos devem estar no organograma?
  • Qual o espectro de autonomia e controle de cada cargo?
  • Qual a melhor forma de garantir oportunidade de carreira e crescimento aos colaboradores?
  • Como lutar contra a burocracia?
  • Como evitar sobrecarga dos colaboradores?

Para responder essas questões é preciso que se tenha uma visão implícita dos papeis e funções envolvidos, estilo de liderança e modelo de gestão a prevalecer. Essa linha de pensamento auxilia esse processo de transformação a não incorrer no risco de permanecer em estrutura de comando e controle com gestão sob a égide da obediência e que sabidamente não agrega valor.

Ao longo das últimas décadas, com os processos de reengenharia e dowsizing, salientou-se a questão de redução de níveis hierárquicos e de estilos participativos de liderança, enxugando os níveis das estruturas organizacionais a fim de oferecer um maior grau de participação dos colaboradores. O que não pode ocorrer é que dentro desse clima de participação se assuma que cada um possa fazer do seu jeito, pois dessa forma a tendência é da perda de foco e do nível necessário de controle.

No pensamento ou modelo lean de gestão o ponto alto é de que a Responsabilidade é mais importante que a Autoridade. O controle é necessário mas de tal forma que o processo de definição de estratégia, forma de envolvimento e participação dos colaboradores possa ser advindo de consenso, tendo como ponto de vista total o atendimento das necessidades e desejos dos clientes finais, ao que denominamos no lean de cadeia de ajuda, que pressupõe a figura de uma pirâmide invertida onde cada nível se apoia continuamente. Responsabilidade e Iniciativa são as palavras chaves em um processo de liderança “siga-me” e não do “faça o que estou mandando”. É aqui que entra o outro elemento do pensamento lean que é a atitude GEMBA, que aproxima os líderes do chão de fábrica que é onde tudo acontece.

O que à primeira vista pode parecer muito similar entre o modelo tradicional e o modelo lean, de perto percebemos diferenças colossais, já que os modelos se propõem a propósitos distintos e que estimulam atitudes e performances diversas. Aí está a grande diferença entre esses modelos. Trata-se de uma evolução no modo de pensar e atuar das organizações.


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