Há algum tempo li uma notícia de que em um campo de um país distante, no Oriente Médio, uma ovelha deixou seu rebanho e saltou de um penhasco. Esse fato apresentou um resultado trágico, uma vez que todo o rebanho a seguiu e todas saltaram o referido penhasco e portanto, muitas morreram e umas poucas sofreram graves lesões. Esse relato nos faz pensar, o que as levou a esse desfecho tão infeliz?
Ocorre, como já explicado por estudiosos do mundo animal, que esse tipo de mamífero, tem em seu DNA a questão de imitar as ações do animal líder, independentemente do fato se isso faz ou não sentido. Trasladando essa ilustração para nosso universo organizacional, observamos que há uma tendência comum de seguir a liderança independente de haver uma boa razão ou não:
- Adota-se a última linha de pensamento organizacional, simplesmente porque todos o estão fazendo.
- Utiliza-se o mais recente dispositivo tecnológico, simplesmente porque alguém mais já o adquiriu.
Há de se ter prudência quando realizamos nossas escolhas de quem e o que seguir, pois enganos e enganadores se encontram inúmeros no mercado. Cuidado ainda maior se estamos em posição de liderança, pois a responsabilidade neste caso se agiganta e somos como que “pastores de ovelhas” mostrando a direção. Nesse sentido temos que ter em mente de forma bem objetiva:
- Todos necessitamos de uma liderança.
- Todos temos que estar atentos para identificarmos a quem seguirmos.
- O líder adequado é aquele em quem podemos confiar.
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A liderança ideal é plural e multifacetada. Plural porque compõe-se de mais de uma pessoa e multifacetada porque cada pessoa tem vários traços de personalidade, que se destacam na pessoa e no grupo. Quando a tomada de decisão ocorre numa liderança assim, pode-se esperar opiniões sob inúmeros pontos de vista, que não ocorre em uma organização liderada por uma única entidade. Pessoas não são ovelhas, porque têm convicções e (a princípio) não utilizam o instinto para satisfazer suas necessidades; além disso, quando as pessoas não convergem a sua própria visão à visão organizacional e estão menos engajadas e dependentes da organização, elas buscam outros lugares. A tendência da organização fadada a pular do barranco, portanto, seria retroalimentado pelas próprias pessoas que estão nela.
Caro Marcelo, grata por tua contribuição, sempre bem vinda. Palavras chaves mencionadas e comentadas por você: plural e multifacetada. Vejamos as belezas que um caleidoscopio produz: cada lâmina um formato compando inumeros novos desenhos e formas, cada #pedaço# dando bela forma ao coletivo através de sua peculiar forma individual e única.