Quando falamos do pensamento lean, uma das principais preocupações é justamente o envolvimento real da Alta Administração – que é responsável pela definição da estratégia – de forma a garantir que esta seja desdobrada pelos diversos níveis da organização, permeando esses níveis de modo consistente e envolvente e garantindo o comprometimento necessário para o sucesso do negócio.
Lembrando que falar é fácil. Difícil é conseguir o mencionado comprometimento. A tarefa árdua é justamente vencer os obstáculos e dificuldades para um desdobramento consistente dessa estratégia e definir de maneira objetiva e transparente as principais metas e objetivos a serem alcançados. É o conhecido Hoshin Kanri que passou a ser utilizado a partir da década de 60.
Cuidados precisam ser tomados a fim de se evitar as limitações da gestão tradicional. Essas limitações são, por exemplo:
- desdobramento apenas vertical ou apenas quantitativos;
- estabelecimento de planos de ação genéricos e sem consenso geral;
- não observância do correto envolvimento emocional dos colaboradores (comprometimento);
- falta de PDCA assegurando a união dos elos de toda a cadeia para garantir-se a sincronia dos processos;
- falhas de comunicação;
- tratativa simplista do que é essencial;
- entre outros.
Há que lembrar que a busca por soluções para os problemas não podem ser comprometidos em função de modelos de insucesso onde o estilo de liderança esteja calcado no comando e controle o que demonstra que ideias e sugestões de baixo para cima não tem lugar.
O desdobramento de estratégia não se trata de um simples processo contábil mas sim gerencial que não pode se limitar a uma foto do que foi proposto verso ao que foi atingido, é muito mais profundo!
Dentro do pensamento lean, como fazer isso tudo do jeito certo?
O ponto chave está em uma atuação do gestor que:
- estimule a cada colaborador a tomar iniciativas;
- que desenvolva a capacidade de resolver problemas e tornar o seu trabalho cada vez melhor mas de “forma científica” e não informal.
As metas e planos estabelecidos devem sem dúvida, ser desafiadoras mas também devem ser factíveis.
O pensamento lean contribui, à título de exemplo, através da ferramenta A3. Ferramenta esta que enseja dados, hipóteses, causas, contramedidas que oferecem um contínuo questionamento nos dois sentidos (vertical e horizontal) que o PDCA irá sempre checando e agindo, garantindo um monitoramento pontual, consistente e constante para que o processo todo ocorra de forma ordenada e alinhada e não perdendo de vista o foco do que é macro no negócio. E, aqui entra em cena outro talento do gestor que é a capacidade de enxergar as possibilidades de futuro a médio e longo prazo dos líderes da organização.
Ao contrário do que ocorre com gestão moderna tradicional, na gestão orientada pelo pensamento lean, o desdobramento da estratégia ganha vida e engaja as pessoas, cria forte definição de foco, alinhamento e resposta rápida, eficiente e eficaz a fim de se enfrentar as contínuas e pouco previsíveis mudanças no ambiente.
E a sua empresa, como trabalha o desdobramento da estratégia?
Entre em contato e vamos conversar à respeito?
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