Quando falamos de pensamento lean, também temos que considerar as questões do gerenciamento visual. No teu caso ele apoia de fato a solução de problemas ou tornou-se mera peça decorativa em sua organização?
É preciso cuidar para não incorrer no erro de expor dados e informações pouco relevantes e que não contribuem para a melhoria pretendida. Essa é uma questão chave e se não compreendida como parte do sistema de gestão e não como um em fim em si mesmo, sua utilização pode se tornar uma questão cosmética, resultando em um antônimo ao que se propõe esta filosofia e por conseguinte, tornando-se um desperdício, uma despesa.
Temos que ter em mente:
- Qual a necessidade?
- Para que e por que precisamos dele?
Não basta que estes elementos sejam apenas informativos, estatísticos, mas devem apresentar o status do trabalho, expor problemas com o intuito de gerar feedbacks sugestivos e de melhoria e que devem considerar os diferentes níveis de trabalho e responder/atender às seguintes questões:
- Quais as metas?
- Quais os padrões?
- Qual o consenso quanto à programação?
- Na linha do tempo como estamos em relação às metas diárias?
- Quais problemas estão sendo identificados e como estão sendo tratados?
- Identificou-se registro de resistências? (mudança de modelo mental; change management)
.. já se tem tudo isso no sistema
.. assim o trabalho aumentará
.. não temos pessoal suficiente para realizar as atualizações
O GV (gerenciamento visual) deve ser o mais simples e didático possível, de tal forma que possa ser incorporado facilmente ao cotidiano e mantido de forma eficiente e eficaz, espelhando objetivamente o status e as providências. Para tal, também é preciso estar atendo ao estilo de liderança vigente, onde não subsistam ambientes que busquem por culpados e não pelas causas quando o problema é identificado. O estilo aqui deve se destacar por promover a busca pela causa raiz e quais melhorias podem ser implementadas e com a participação de quem.
A forma mais efetiva de se iniciar este processo dentro do pensamento lean é a de justamente se iniciar com algo simples e provisório de tal forma que permita ao grupo incorporar melhorias que serão identificadas à medida que os envolvidos se apropriam do seu uso e encontram o caminho correto para o que é, de fato, essencial.
Fica aqui a sugestão baseada em nossa experiência pessoal ao longo de quase 20 anos de lean experience!
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