Infelizmente, crises de diversos aspectos e magnitudes vem assolando nosso mundo com maior frequência e, como não poderia ser diferente, nos atingem na base social e econômica gerando insegurança, temor e outros sentimentos sinônimos. Nossa grande dúvida, e ela é coletiva, é saber se ainda há mais para piorar ou se já se chegou ao fundo do poço e vamos agora começar a melhorar.
Na gestão do líder John F. Kennedy ao final da década de 1950, ele dizia que o termo CRISE no idioma chinês significa tanto perigo como oportunidade. Independente, do que pensam estudiosos desse idioma e que não concordam em 100% com esse entendimento, em essência essa forma de interpretar pode ser bem útil e, sem dúvida, pode-se uma mensagem poderosa dela.
Isso porque, depende do lado em que vemos a questão, que é a mesma daquela do copo meio cheio ou meio vazio. Se nos atemorizarmos com o cenário, é certo que o futuro tende somente a piorar. Todavia, se considerarmos e abraçarmos esse momento, esse cenário como uma oportunidade para desafiarmos a nós mesmos em pensar e fazer diferente, podemos sem dúvida alçar uma situação (output) bem melhor daquela que nos levou até ali (input).
Para ilustrar o que acima expus, não vamos pensar na atual crise brasileira, que é essencialmente política, mas sim, vamos tomar uma questão econômica para tornar o assunto mais palpável, que é a questão do setor de saúde. Este assunto historicamente e de longa data é tão sensível para nós, e aqui replico, por entendê-lo como extremamente ilustrador, em matéria que tive a oportunidade de ler há algum tempo, transcrevendo-a na íntegra:
“Tratava-se de uma empresa de prestação de serviços médicos, mostra como a busca de melhorias nas operações pode trazer substanciais resultados financeiros e melhorias nos negócios, mesmo nessa conjuntura difícil. Em seu primeiro projeto lean, iniciado no último trimestre do ano passado, resolveram abordar um problema aparentemente trivial, mas que atrapalhava sua gestão e prejudicava o desempenho econômico, que era o problema das perdas e demoras em enviar as guias para cobrar dos planos de saúde o pagamento dos serviços realizados.
Essa empresa demorava de 40 a 60 dias para enviar aos planos de saúde as guias de cobrança. Às vezes, algumas guias se perdiam, inviabilizando até mesmo a cobrança dos serviços prestados.
A partir de um entendimento do processo real e da identificação das causas que atrapalhavam o desempenho, a empresa definiu uma série de ações e novos métodos de gestão, como estruturar o faturamento como linha de produção, simplificar a movimentação de guias, tornar a gestão visual, nivelar a carga de trabalho, treinamentos pontuais, entre outras, que permitiram reduzir o lead time de cobrança em 30% em uma primeira onda de melhorias e deveria levar a uma redução de mais de 70% em uma segunda.
Com isso, não apenas o fluxo de caixa da empresa seria tremendamente beneficiado como também os custos internos de gestão diminuiriam.”
Após a leitura desse case, pense comigo:
- O que você gestor e a organização para a qual trabalha estão realizando de forma radical e diferente a fim de fazer prosperar toda a cadeia (clientes, colaboradores, acionistas, fornecedores) em intervalo de longo prazo neste período de extrema dificuldade?
- O que você está realizando para agregar mais valor, minorar custo e diminuir desperdícios é o bastante para enfrentar a crise e sair dela fortalecido?
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